quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

RN recebe 54.900 doses de vacinas contra Covid-19 nesta quarta (24) e vai começar vacinação de indígenas, diz secretário




Imunização de idosos a partir dos 80 anos também deverá ser iniciada. Doses serão distribuídas a municípios a partir desta quinta-feira (25).


O Rio Grande do Norte vai receber 54.900 doses de vacinas contra Covid-19 nesta quarta-feira (24), segundo o secretário de saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia. De acordo com o gestor, a informação foi confirmada por meio de uma nota técnica do Ministério da Saúde emitida nesta terça-feira (23).

Com a chegada dos imunizantes, o estado deverá começar a vacinação de indígenas e também dos idosos a partir dos 80 anos. Na capital, por exemplo, apenas idosos a partir dos 90 anos estão sendo vacinados atualmente. Segundo o secretário, as doses deverão ser distribuídas aos municípios nesta quinta-feira (25).

Segundo Cipriano Maia, são previstas 35.500 doses da vacina de Oxford, que serão aplicadas em idosos acima dos 80 anos e profissionais de saúde de alguns municípios, que ainda não foram imunizados. Também será iniciada a vacinação de indígenas - cerca de 3 mil. O estado também deve receber 19.400 doses da CoronaVac.

Das 35.500 doses da Astrazeneca/Oxford, 2.920 doses serão destinadas aos indígenas e 21.927 destinadas a pessoas de 85 a 89 anos de idade. Das 19.400 da CoronaVac, 9.223 são destinadas para a primeira dose da vacinação de idosos com idade entre 80 a 84 anos.

Nenhum indígena foi vacinado no Rio Grande do Norte, desde o início da imunização, embora o grupo faça parte do grupo prioritário. O estado não havia recebido doses para eles. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde, o estado possui 6.067 indígenas das etnias potiguara, tapuia e tapuia paiacú. Eles estão distribuídos em 15 comunidades nos municípios de Baía Formosa, Canguaretama, Goianinha, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Natal, Jardim de Angicos, João Câmara, Assu e Apodi.

Após o Supremo Tribunal Federal confirmar que estados e municípios podem adquirir vacinas, o secretário lembrou que o estado já havia assinado um termo confirmando interesse pela compra direta da CoronaVac ao Instituto Butatã e também participa de negociações dos estados do Nordeste para tentar comprar a vacina Sputinik.

"Mas a nossa defesa continua sendo a vacina para todos através do Plano Nacional de Imunização, com recursos federais já alocados por medida provisória, para que não tenhamos esse desequilíbrio entre regiões e municípios que têm mais recursos, prejudicando segmento da população de regiões e estados mais pobres", afirmou em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.

O secretário ainda afirmou que a autorização da compra por parte dos próprios estados foi resultado do atraso no acesso às vacinas. "Esperamos que isso seja superado e mesmo que haja aquisição de estados e municípios, haja alocação de recursos do Ministério da Saúde para não criarmos desequilíbrio, porque o brasileiro tem direito ao acesso à saúde em qualquer lugar do Brasil".

Questionado sobre a compra de vacinas por meio do consórcio dos governos dos estados nordestinos, que pagou por respiradores que não foram entregues, o secretário afirmou que a realidade é diferente.

"Aquele foi um momento particular, em que havia escassez de insumos e você tinha que pagar antecipado, mas ficou o aprendizado. Os laboratórios não conhecidos nacionalmente e internacionalmente. Não corremos esse risco no caso da vacinação", disse.

Diante da pressão por leitos, Cipriano afirmou que o estado deverá superar nesta semana o número máximos de leitos para Covid-19 abertos no período da primeira onda da doença no estado, no meio de 2020. Porém, ele considerou que todo o esforço por abertura de UTIs não será suficiente se a população não adotar as medidas de prevenção.

"Estamos criando cerca de 60 leitos, mas todo o sistema de saúde tem seus limites, não podemos criar leitos do dia para a noite. É necessário pessoal, insumos, esforços, e tudo isso tem limite. Não é a expansão de leitos que resolve o problema, porque muitas pessoas podem ter um leito e ainda assim não salvar a vida. O que salva vida é evitar contaminação e a infecção. E isso se faz com as medidas restritivas e o isolamento social que temos recomendado", declarou.

G1 RN
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Romário Nogueira
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